Propôs-se o termo de obsolescência planeada a um conjunto de fenómenos que tendem a inutilizar os objetos que possuímos, obrigando-os de um modo ou outro a comprar outros.
Não se trata apenas do exemplo clássico da lâmpada preparada para fundir mais rapidamente. São os sistemas informáticos em constante mudança, os dispositivos de armazenamento de informação numa estranha incompatibilidade de entradas e de softwares.
Mais subtil a vertente estética coopera nesse movimento. O design dos carros que é transversal a quase todas as marcas e faz parecer velhos, os designs de anos anteriores.
A cassete áudio ou de VHS são exemplos de tecnologias obsoletas. Um pouco como está a acontecer com os cd´s de música. Por vezes surgem fugazes renascimentos como no caso do disco vinil que conhece agora novas edições. Noutros casos o renascimento é mais inesperado. Vejam a utilização das cassetes como objetos decorativos. Ou aqui o caso de uma editora que utiliza processos de impressão artesanais (isto à luz das atuais técnicas de produção tipográfica). Aliás foi ao diretor da editora, Rui Azevedo Ribeiro, que pedimos emprestado o título deste texto.
(originalmente publicado aqui).
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