Artigo de revisão de 1999 sobre autores e conceitos centrais na área da psicologia e sociologia da desviância. Acompanhamos aqui a evolução do conceito de subcultura, tecendo posteriormente considerações sobre a sua importância na compreensão da formação da identidade desviante na toxicodependência.
O texto organiza-se, para isso, em torno de dois momentos: o nível social e o nível individual. No primeiro tentaremos realçar o modo como a subcultura define condicionalismos sociais que influenciam de algum modo as evoluções individuais; no segundo momento, teceremos reflexões em torno dos vários tipos de gestão indispensáveis para que o sujeito possa prosseguir a sua conduta adictiva, a saber: gestão da imagem de si em relação aos outros do meio normativo; gestão da sua relação com a substância e com o que a rodeia; gestão cognitiva de si.
Acompanharemos então trabalhos como os de A.K. Cohen e Preble & Casey para o nível social. A obra de Charles Faupel, Goffman, Becker e Sykes e Matza e Clark, Hall Jefferson e Roberts para o nível individual, já próximo de uma compreensão biográfica do indivíduo e das suas razões.
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Tinoco, R. (1999). Notas sobre a construção psico-social da identidade desviante em toxicodependência. Toxicodependências, 5, 11-23.
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