Considera-se depressão subclínica todo o quadro que apresente sintomas depressivos clinicamente relevantes, mas em que não estão presentes todos os critérios que permitam um diagnóstico de perturbação depressiva. Em termos de DSM IV tratar-se-ia de casos que apresentam pelo menos um dos sintomas centrais para a depressão, assim como pelo menos um outro sintoma, não ultrapassando um total de quatro sintomas. A depressão sub-clínica pode implicar no nível de funcionamento global do indivíduo mas também se constitui como um importante fator de risco para o desenvolvimento futuro de quadro de depressão major.

Cuijpers, van Dijke e colaboradores chamam a atenção para que os tratamentos farmacológicos não mostraram em estudos recentes vantagens estatisticamente significativa sobre tratamentos anti-depressivos ou com benzodiezepinas.

Os autores incluíram na meta-análise estudos que utilizaram medidas claras de avaliação dos sintomas como o Inventário da Depressão de Beck e a Escala de Avaliação da Depressão de Beck, num total de 18 estudos (947 indivíduos em grupo experimentais e 966 em grupos de controle). A psicoterapia mais utilizada nestes estudos foi a terapia comportamental-cognitiva.

O tratamento integrado em termos estatísticos de todos estes estudos evidenciou um efeito estatisticamente significativo classificado de pequeno a moderado, assim como o mesmo efeito no que diz respeito a efeitos preventivos no desenvolvimento de depressão major num intervalo de 6 meses e um ano.

Os autores sugerem ainda que os efeitos poderiam ter sido outros, não fossem a maior parte dos estudos que entraram nesta meta-análise usarem como grupo de controle, sujeitos que estavam em lista de espera.

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Cuijpers, P., Koole, S. L., van Dijke, A., Roca, M., Li, J., & Reynolds, C. F. (2014). Psychotherapy for subclinical depression: meta-analysis. The British Journal of Psychiatry, 205(4), 268-274.