Faremos hoje uma breve nota sobre o artigo científico acima referido. Em primeiro lugar, o conceito: serious game remete para a ideia da construção de jogos com objetivos educativos. no caso, pretende-se educar, de forma lúdica, crianças hemofílicas.
Os autores referem trabalho com objetivos idênticos a propósito de crianças diabéticas (Packy and Marlon) e asmáticas (Bronkie and the Bronchiasaurus). Nestes casos, como também com crianças hemofílicas, aos objetivos educativos soma-se ainda a intervenção tendo em vista a modificação de comportamentos.
O trabalho que acompanhamos explicita as fases de desenvolvimento de um jogo educativo, um serious game, desde a escolha dos herois à avaliação do impacto junto de crianças hemofílicas.
Os autores socorrem-se assim de várias técnicas: o braindraw para a escolha do personagem principal e outras dimensões visuais; o participatory heuristic evaluation para se saber o real impacto do jogo junto de crianças alvo; e o beta test que se refere à utilização do jogo sem a presença dos responsáveis pelo desenvolvimento do mesmo.
Estamos, assim, perante um interessante trabalho que cruza as novas tecnologias, a educação para a saúde, bem como as metodologias qualitativas para a validação de todo o projeto.
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Referência: Matsunaga, Roberta Mayumi, et al. “Development of a Serious Game for children with hemophilia.” Journal of Health Informatics 6 (2014).- ler aqui
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